6/14/2006

Grupo 1

Adosinda Torgal

Eduarda Azevedo

Isabel Sousa

Manuel Alexandrino

Maria João Azevedo

Rita Teixeira

MEMÓRIA DESCRITIVA




1. INTRODUÇÃO



2. OBJECTIVO DO TRABALHO



3. FORMULAÇÃO DO TRABALHO


3.1. ESCOLHA ESPAÇOS / PERSONAGENS DA B.D.

3.2. EXECUÇÃO DO TRABALHO



4. RECONHECIMENTO DE UMA ARTE


4.1. O QUE É A “ARTE SEQUENCIAL “

4.2. DENOMINAÇÕES

4.3. BREVE PANORAMA HISTÓRICO

4.4. LINGUAGEM CARACTERÍSTICA



1. INTRODUÇÃO


O presente trabalho formula as várias etapas de um projecto de intervenção que o Grupo 1 se propõe concretizar: integração de algumas personagens da “ARTE SEQUENCIAL” ( BD) em espaços da SNBA.
As personagens seleccionadas, retiradas das respectivas BD’s, transportam em si uma carga simbólica de humor e fantasia que se pretende explorar em novos contextos.


2. OBJECTIVO DO TRABALHO


A intervenção no átrio do SNBA tem como objectivo provocar uma reacção nos frequentadores deste espaço.
Para isso, utiliza-se este átrio marcadamente severo e convencional, onde se conjugam mármores, granitos e medalhões de bronze com a escultura clássica de Vénus, povoando-o com figuras da 9ª arte dum passado recente, características do imaginário juvenil.
Esta confrontação entre figuras de épocas tão diferentes pretende, na sua deliberada sobreposição de referências, provocar uma reflexão sobre os padrões dominantes nesta Instituição de Arte.


3. FORMULAÇÃO DO TRABALHO

3.1. ESCOLHA DE ESPAÇOS / PERSONAGENS DA BD

A escolha dos espaços interage com a escolha das personagens da
BD: ao elegermos determinados espaços ( tendo em conta
luminosidade, escala e funcionalidade ), eles inspiram-nos a
selecção de certas personagens.
O primeiro espaço a referir é a zona da estátua que reproduz a
Vénus: Na base da figura, a “Minnie” reclinada em atitude
provocatória; ao lado, “Obelix” com um ar apaixonado. Pelas
dimensões e pela inserção das figuras neste espaço, procura-se uma
confrontação entre o espaço / átrio e a figura clássica de Vénus com
o humor e a fantasia que estas personagens inspiram. Continuando
na mesma linha de intervenção, o “Pato Donald” senta-se na
mesa da recepção, numa pose de mau humor e confrontação.
Segue-se, na escada de acesso ao salão, o Pateta, desastrado,
desequilibrando- se nos degraus.




3.2. EXECUÇÃO DO TRABALHO

- Impressão digital das personagens sobre vinil autocolante nos
formatos 1.50/0.65 e 0.80/0.35. Valores unitários: 45.00€ e 15.00€,
respectivamente.


- Contracolagem em PVC alveolar de 10mm recortado em fresa.
- Aplicação de pé de encosto duplo.

Nota: Foram consultadas seis empresas, tendo sido este orçamento
o que reuniu condições mais favoráveis



4. RECONHECIMENTO DE UMA ARTE


4.1. O QUE É “ ARTE SEQUENCIAL”

“Arte sequencial” é uma forma de arte que combina as possibilidades do texto e da imagem: a imaginação não conhece limites e a sua linguagem é compreendida por todos ao narrar histórias dos mais variados géneros e estilos.
É também referida como “ Nona Arte”.


4.2. DENOMINAÇÕES

A definição de “Arte Sequencial” engloba:
- “Banda Desenhada” (BD) em Portugal
- “História em Quadrinhos” (HQ) no Brasil
- “Comics” nos Estados Unidos
- “Bandes Dessinées” em França
- “Tebeos” (TBO) em Espanha
- “Historietas” na Argentina
- “Muñequitos” em Cuba
- “Mangás” no Japão


4.3. BREVE PANORAMA HISTÓRICO


Na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, a BD foi
primeiramente humorística, como se contar uma história por meio
do desenho implicasse o exagero e a sátira. Estes temas foram-se
diversificando pouco a pouco.
A sua história mais recente tem origem nas sátiras políticas,
publicadas em jornais europeus e norte-americanos, com
caricaturas acompanhadas de comentários ou pequenos diálogos
humorísticos entre as personagens retratadas. Este recurso daria
origem aos balões que indicam qual das personagens em cena está
a falar.
No Ocidente, a forma de publicação era basicamente em bandas.
Distribuidas por agências, essas bandas da década de 1920,
conquistaram a imaginação dos leitores do mundo inteiro e foram
adaptadas ao cinema.
Na década de 1930 começaram a ser coleccionadas em revistas,
originando os primeiros comic books. Surgiram então os estúdios
especializados na produção de histórias especificamente para a
página de revistas. A possibilidade de usar a página constituiu
um importante salto criativo.

Problemas sociais, política e sexo, ganham direito de cidadania na
BD, o que aumenta o seu público no momento em que a Nona
Arte é também culturalmente relegitimada.
Hoje em dia a BD é publicada nos media, imprensa e internet.



4.4. LINGUAGEM CARACTERÍSTICA


Para atingir os objectivos de acção dinâmica e humor
omnipresente, a linguagem recorre a elementos variados, além do
já citado balão:
sinais gráficos convencionados:
- As onomatopeias para a tradução de sons;
- pequenas estrelas sobre a cabeça do personagem, indicando dor
ou tortura;
- pequenos corações, sugerindo um estado de paixão;
- formato de balão a indicar o volume ou o tom da fala, a informar
que se trata de um pensamento.

Hergé (1907/1983), o criador do clássico por excelência da BD
europeia ( Spirou - 1938 e Tintin – 1946 ), preocupado com o rigor
e a fluidez, afirma que “ a grande dificuldade na BD é mostrar
exactamente o que é necessário e suficiente para a compreensão da
história: “nem a mais, nem a menos”(1).
Tal como a literatura, a BD é um produto de livraria, mas
proporciona aos leitores um prazer de natureza diferente, ao utilizar
outros meios paracontar uma história.