Grupo 1
2º Ano – Turma B
Curso de Iniciação à Pintura
Sociedade Nacional de Belas Artes
Trabalho 4 – 2004
PROJECTO
Síntese do Enquadramento
Proposta de intervenção no espaço público da SNBA, sem que se verifique, sobre qualquer forma, alguma modificação, estrutural ou funcional e tendo como pensamento orientador para o roteiro da intervenção, a sobrecapacidade do Todo (Grupo) face à soma das Partes e o conceito do Não Lugar.
Do Lugar
Identificação
Átrio de entrada da SNBA.
Porquê?
Porque se trata de um lugar público, de passagem, interface entre diferentes funcionalidades e actividades na SNBA, por vezes, local de descanso e de espera, eventualmente de reflexão e também de transacção de informação.
Porque tem um acento monocromático e “frio”.
Porque contem referências explícitas a um conjunto de personalidades, importantes para a SNBA, pouco identificadas e que, muito poucos conhecem.
Caracterização do Lugar
Espaço
Rectangular com uma área de cerca de 70 m2 e um volume de aproximadamente 350 m3, resultante de 10X7X5 m.
Paredes em alvenaria pintada em cor beije, ligeiramente rosada e cantarias em mármore bojardado:
Parede de entrada (sul), com cerca de 50 m2, com portão rectangular, em ferro e vidro, armadura em ferro, com folha inferior e caixilharia pintada a verde do lado de fora e branco do lado de dentro, encimado por janela em arco abatido e duas janelas rectangulares em vidro, armadura em ferro, também encimadas por janelas em arco abatido.
Paredes laterais (nascente/poente), em que, cada uma delas, tem cerca de 70 m2 de superfície e duas portas de madeira, pintadas a branco.
Parede que delimita o corredor de acesso ao salão de exposições e átrio de entrada (norte), com duas superfícies vazadas, de formato rectangular, ladeando o arco de acesso ao corredor com escadaria de quatro degraus.
Tecto pintado a branco.
Chão em mármore polido, nas cores cinzenta, rosa e castanho com desenho central em xadrez diagonal.
Iluminação
Através de duas fontes de luz, uma natural, proveniente de sul, da superfície vidrada, cerca de 9 m2, do portão de entrada e das janelas e outra artificial, eléctrica, a que deriva de 16 pontos de luz instalados no tecto, no terço central.
Decoração
Sóbria e austera; sobre a esquerda, mesa de madeira, vitrina em madeira com tampo de vidro e escaparate, com informação. À direita, vitrina em madeira com tampo de vidro e estatuária. Dois bancos de madeira, forrados a napa branca encostados às paredes sul e norte.
Galeria de Personalidades
Dois bustos em bronze sobre pilarete de mármore bujardado de cor cinzenta, colocados, um em cada um dos dois vazados da parede do topo norte e doze alto relevos circulares em bronze sobre base quadrada, em mármore castanho rosado, colocados ao longo das quatro paredes entre o falso lintel em cantaria de mármore bujardado e a sanca do tecto, prestam homenagem às seguintes personalidades:
• Silva Porto
• José Malhoa
• Venâncio F.
• João Vaz
• Constantino Fernandes
• Falcão Trigoso
• Carlos Reis
• J. Veloso Salgado
• Anjos Teixeira
• José Luís Monteiro
• Miguel Ângelo Lupi
• Thomaz José d’Annunciação
Cor
Maioritariamente o beije rosado das paredes, seguindo-se o cinzento claro das cantarias em mármore, o branco do tecto e das portas em madeira pintada e da estatuária e ainda, apontamentos de castanho e castanho rosado, cinzento escuro, bronze e verde escuro.
Inexistência de contrastes
Materiais
Alvenaria, mármore, madeira, vidro, ferro e bronze.
Formas
Para além dos arcos abatidos sobre as janelas e portão e dos círculos dos altos relevos em bronze, rectas, paralelas e perpendiculares, quadrados e rectângulos e paralelepípedos.
Proposta de Intervenção
Intervir com cor a totalidade da zona delimitada pelo falso lintel e a sanca do tecto nas paredes e que, contém os doze alto relevos, assim como os dois pilaretes paralelipipédicos que suportam os dois bustos, correspondendo a uma intervenção, no Lugar, de cerca de 27 m2.
Objectivo
“Aquecer” o Lugar.
Transformar, durante um determinado período de tempo, um Não Lugar, num Lugar de fruição da cor que permita, também, um melhor conhecimento de quem, por certo e sobre um qualquer aspecto, contribuiu, de alguma forma, para o engrandecimento da Instituição que os perpetuou.
Da Execução
Suporte e Cores
Painéis em material amovível de baixa densidade com 5 mm de espessura, pintados em cor azul/violeta e identificação das diversas personalidades com grafitti em cores fluorescentes, amarelo, laranja, verde, azul, rosa e prata
Fixação
A sanca do tecto e o topo dos falsos lintéis, assim como as bases em mármore dos alto relevos, constituirão a amarração e única fixação dos painéis às paredes.
Materiais a Utilizar
• Placas de PVC alveolar
• Tinta de Esmalte Aquoso
• Primário Aquoso
• Tinta Acrílica Fluorescente
Prazo
2 Semanas
Orçamento
O custo da intervenção, tal como referido, estima-se em cerca de quatrocentos e oitenta Euros, assim divididos:
Materiais Qtd. Valor (€)
Placas de PVC Alveolar 27 m2 337,50
Tinta de Esmalte Aquoso, ccr s 3050 5 l 70,00
Primário multiusos 3 l 15,00
Spray Fluorescente 6 uni. 39,00
Material de Fixação Vários 15,00
Rolos de pintar 2 uni. 5,12
Total (€) 481,62
entrada snba
entrada snba
entrada snba
Lisboa, 31 de Maio de 2004
6/13/2004
6/07/2004
6/04/2004
PROJECTO DE
MEMÓRIA DESCRITIVA
PROJECTO DUM TRABALHO DE INTERVENÇÃO CROMÁTICA / VISUAL EM GRUPO,
SOBRE UM LUGAR DA SEDE DA S.N.B.A.
1 – OBJECTIVO DA INTERVENÇÃO
Pretende-se a elaboração dum projecto de intervenção cromática / visual sobre um lugar, à escolha do grupo de trabalho, no interior da sede da SNBA, de acordo com os seguintes condicionantes:
O lugar elegido deve ser normalmente acessível a quem visita a sede;
A intervenção deve integrar-se na característica do lugar e ser simbiótica com o espaço.
Não é permitido alterar a funcionalidade do lugar escolhido;
Não se pode danificar ou modificar paredes, tectos, portas, mobiliário, etc.;
A intervenção é temporária e deverá estar exposta desde o fim das aulas até ao início do próximo ano lectivo;
O projecto de solução deverá ser criado pelo grupo que o deverá apresentar devidamente informado;
O projecto deverá ser aprovado pelo corpo docente e posteriormente pela Direcção da SNBA;
O projecto deverá ser executado pelos alunos e desmontado pelo pessoal da SNBA;
São aceitáveis projectos que não possam ser executados, devido ao seu elevado custo ou porque exijam condicionalismos que não possam ser disponibilizados pela SNBA;
2 - SOLUÇÃO APRESENTADA
Após a análise de várias hipóteses de solução o grupo de trabalho decidiu-se responder à proposta de intervenção acima definida com o seguinte projecto:
PROJECTO ESCADAS
Caracteriza-se pela intervenção nas escadas de acesso ao primeiro andar, do lado direito, de acordo com as características que a seguir se explicitam:
1 - RAZÕES DA ESCOLHA:
- Atendendo a que a SNBA foca a sua actividade na pintura e somos alunos dum curso de pintura, pretende-se salientar e usar ou simular os materiais que a nosso ver mais nos identifica, as TELAS, as TINTAS e os PINCÉIS.
- As ESCADAS podem ser associadas a uma representação duma subida na aquisição do conhecimento;
- Trata-se dum espaço central e muito concorrido;
- As escadas dão acesso às salas do 1º andar (exposições, aulas e conferências);
- É ainda um lugar bem visível por quem entre no salão nobre de exposições, no rés do chão, ou se dirige às salas de aulas na cave, ou aos sanitários;
- Há muitas pessoas a passarem no local, representadas por professores, alunos, sócios, funcionários e público em geral;
- O espaço fica com um maior valor cromático, luminoso e apelativo;
- É uma intervenção simbiótica com o lugar;
2 - CARACTERÍSTICAS DO LOCAL:
- Luminosidade: O espaço tem luz natural insuficiente para uma exposição, mas suficiente para a funcionalidade do lugar. Esta luz provém da porta da rua situada do outro lado do hall e duma janela em vitral no cimo de cada primeiro lance, das duas escadas, esquerda e direita. A luz artificial provém de vários pontos de luz existentes no tecto. No conjunto parece-nos que embora a luminosidade não seja a ideal, se pode considerar como normal para o local e aceitável para a intervenção proposta;
- Cromatismo: Predomina o castanho escuro. Todos os elementos da escada e do chão são desta cor, variando de tom de acordo com a luz que sobre eles incide. As paredes são amarelo ocre o que ajuda a acentuar o tom castanho do local. A zona proposta de intervenção localiza-se na parte mais escura do lugar e com ela pretende-se torná-lo mais claro. Apenas os vitrais acima referidos introduzem alguma diversidade, embora reduzida, no cromatismo predominante;
- Formas: As superfícies rectangulares, compridas e estreitas e na sua maioria horizontais, representam as formas dominantes;
- Materiais: A madeira é o único material de construção do chão e das escadas e ocupa a parte central do espaço de observação. Em zonas marginais há a alvenaria das paredes e o vidro das janelas ;
- Espaço: O projecto foi pensado em função do espaço existente;
- Danos: Não se prevêem danos nas escadas, paredes, chão, tecto, ou qualquer móvel ou construção existente;
- Condicionalismos: Não se prevêem quaisquer condicionalismos para a sua execução;
- Funcionalidade: Não há interferência com a funcionalidade do lugar, ou do mobiliário.
3 - INTERVENÇÃO:
O trabalho a executar constará duma intervenção cromática / visual com as seguintes características:
- Espaço da actuação: Na escada de acesso ao primeiro andar, do lado direito, no espaço vertical definido pelos espelhos dos degraus da parte da frente no primeiro lance e na parte de trás dos mesmos no segundo lance;
- Material base: Tiras de papel de cenário cobrindo placas de MDF, do tamanho dos espelhos, simulando telas vistas de lado;
- Disposição cromática: As telas simuladas serão pintadas a acrílico a partir dum dos lados horizontais, com várias cores, e uma altura variando entre 1,5 a 10cm (10 a 80% da altura dos espelhos), de forma não uniforme, simulando as manchas de tinta que se formam na parte lateral do engradado das telas, quando estas são pintadas. O lado origem da pintura poderá ser o superior ou o inferior;
- A parte restante da tela ficará em branco;
- As telas serão coladas à madeira por fita cola com aderência nas duas faces;
- Os agrafos e taxas do engradado das telas verdadeiras são simulados e colocados sem agressão à escada. Os agrafos colocados na horizontal ou em posição obliqua, são feitos com recurso a tiras de folha de alumínio, que furam as telas e são dobradas para a parte de trás e para dentro destas. As taxas feitas com recurso a anilhas com o centro cheio com círculos de tela colados, para criar altura e o conjunto pintado de cor de alumínio.
4 - MATERIAIS:
São precisos os seguintes materiais:
- Réguas de MDF de 3mm do tamanho dos espelhos (12 de 114x12 cm; 1 de 132x12 cm; 9 de 97,5x12 cm e 1 de 143x12 cm)
- Tiras de papel de cenário do tamanho das réguas de MDF mais cerca de 5 cm, de cada lado, para dobras;
- Fita cola de 2 faces;
- Tinta acrílica de diversas cores;
- Pincéis;
- Tiras de folha de alumínio com cerca de 5 mm de largura e 15 cm de comprimento;
- Anilhas com 3 cm de diâmetro;
- Pedaços de tela;
- Cola UHU.
5 - EXECUÇÃO:
A - Tarefas executadas até à escolha precisa do local de implementação do projecto:
- O Grupo 1 começou por fazer um brain storming procurando obter ideias que pudessem responder ao objectivo enunciado;
- Das ideias surgidas seleccionámos algumas que foram apresentadas ao professor da turma.
- Após troca de impressões foi seleccionado o projecto ESCADAS e abandonadas as restantes ideias;
- Com este projecto em mente fizemos uma fotografia digital da escada que foi introduzida no computador e sobre a qual foram feitas várias simulações, combinando diversas hipóteses de alinhamento e disposição das telas, com sobreposição ou não dum texto burlesco ou sério;
- Apresentadas na aula as diversas hipóteses de trabalho, foi unanimemente escolhido pelo professor e pelo grupo, o projecto que ora se apresenta.
B - Tarefas de concretização do projecto escolhido, de que se apresentam várias fotografias em anexo:
- Pedido de autorização para simulação do projecto nas escadas, que foi concedido;
- Medição dos espelhos dos degraus e constatação das diferenças existentes;
- Mandar cortar placas de MDF com as dimensões dos espelhos;
- Cortar tiras de papel de cenário um pouco maiores do que as placas de MDF acima referidas;
- Cortar tiras de alumínio para simular os agrafos das telas;
- Furar algumas das tiras de tela, passar as pontas das tiras de alumínio, na horizontal ou obliquamente, para a parte de trás das telas e dobrar aquelas para dentro;
- Assentar as tiras de papel de cenário sobre as placas de MDF, dobrar aquelas e colá-las na parte de trás;
- Simular, em separado, as dobras dos cantos das telas e colá-los nos extremos das placas;
- Martelar as anilhas para as tornar direitas e lavá-las. Eram material recuperado de anilhas de fixação de placas onduladas, de fibra, servindo de telhado a um viveiro de pássaros, demolido;
- Colagem das anilhas sobre a tela, preenchendo o centro daquelas, com colagem de pequenas rodelas de tela verdadeira, obtidas furando pedaços desta com um furador de arquivo;
- Pintura com tinta de alumínio do conjunto das anilhas para simular as taxas que prendem as telas à armação;
- Pintura das telas, com tinta acrílica de várias cores, a partir dum dos lados horizontais;
- Colocação, de algumas, das telas pintadas na escada;
- Verificação da concordância das medidas das telas com as dos espelhos da escada;
- Correcção de algumas das placas por os espelhos não estarem à esquadria;
- Descolar o papel de cenário do MDF, corrigir este e voltar a colá-lo;
- Colagem final de todas as telas simuladas;
3 – GRUPO DE TRABALHO
O Grupo 1 da turma A do 2º ano do curso de Pintura da SNBA, sob orientação do professor pintor Paiva Raposo é constituído pelos seguintes alunos:
- O. Manuela Victorino;
- Adelaide Brandão;
- Leonor Travassos Nascimento;
- Edite Estrela;
- Maria do Carmo Wernli;
- Fernando Perdigão;
- Joaquim Zeferino;
- Carlos Sales Entrezede.
4 – ANEXOS
Em anexo são apresentadas várias fotografias, focando as escadas antes da intervenção, várias fases da execução da tarefa e teste de implementação.
Foto nº Título
1 Escada existente
2 Medindo os espelhos
3 Medidas para as placas
4 Colagem
5 Dobragem do papel
6 Preparação das réguas
7 Verificação das réguas
8 Pintar as taxas
9 Pôr os agrafos
10 Teste de pintura
11 Teste à pintura
12 Pintura
13 Escada com simulação do projecto
6/02/2004
SNBA
2º Ano Pintura – Turma A
Grupo IV
Objectivo
Desenvolvimento de um projecto de intervenção a nível plástico em espaço a escolher pelo grupo de trabalho no interior do edifício da SNBA, tendo em atenção que:
- O espaço a ser intervencionado deve ficar em zonas de livre acesso a visitantes e alunos da SNBA
- A intervenção não deverá perturbar a normal funcionalidade do lugar, móveis ou objectos aí existentes, nem causar quaisquer danos, por forma a que após a sua remoção, não fiquem quaisquer marcas ou vestígios.
Projecto
Título: FUGA
A nossa intervenção consiste na colocação no hall de entrada de figuras humanas moldadas em rede de arame e vestidas com roupa que adiante se especifica. O lugar eleito foi o hall de entrada devido às suas amplas dimensões, permitindo a colocação de todas as figuras, que serão em número de quatro, sem perturbar a circulação das pessoas nem afectar a habitual utilização do espaço.
Através destas figuras, e do insólito das situações que pretendemos criar (ver desenho 1), esperamos provocar forte impacto a nível de sensações nas pessoas que acedem a esse espaço, suscitando uma multiplicidade de leituras para esta “fuga”
Caracterização do espaço
Local de passagem obrigatória de todos quantos visitam ou frequentam a SNBA, este é também o seu espaço privilegiado de convívio e lazer.
Predomina o mármore do chão, com desenhos geométricos em tons de rosa / creme. A parede é em parte revestida a cantaria e a restante pintada em tons de rosa pálido.
O local é bem iluminado por luz natural fornecida por duas janelas que ladeiam a porta da entrada. Existem também alguns focos de luz artificial posicionados no tecto.
Caracterização das figuras *
A estrutura das figuras será construída em rede de arame, tipo galinheiro, arames de diferentes diâmetros e resistências, ripas de madeira ou outros materiais que lhes confiram maior resistência e estabilidade. Usaremos também papeis, trapos e espuma para enchimento.
As cabeças serão cobertas de tecido preto.
Fig.1
Homem deitado no chão, virado para cima, vestindo casaca preta
Fig. 2
Mulher em pé, segurando uma corda que prende pelo pescoço a Fig.3.
Roupa: vestido de tafetá verde, bolero de veludo preto e luvas pretas
Fig. 3
Homem trepando coluna de cantaria. Tem uma corda presa ao pescoço que é puxada pela Fig.2
Poupa: Calças de ganga, camisola vermelho escuro e ténis
Fig. 4
Homem sentado na escada
Roupa: Caças de fazenda, camisa e sapatos pretos
(*) Ver anexos
Objectivo
Pretende-se a elaboração de um projecto de intervenção cromática / visual sobre um lugar à escolha no interior da sede da SNBA, de acordo com os seguintes condicionantes :
– O lugar elegido deve ser normalmente acessível a quem visita a sede e a intervenção de integrar-se na característica do lugar;
– Não é permitido alterar a funcionalidadde e mobiliário do lugar escolhido;
– Não é permitido alterar ou danificar paredes, tectos, portas, mobiliário, etc.;
– A intervenção é temporária e deverá estar exposta desde o fim das aulas até ao inicio do próximo ano lectivo;
– O projecto de solução deverá ser criado pelo grupo que o deverá apresentar devidamente informado;
– O projecto deverá ser aprovado pelo corpo docente e posteriormente pela Direcção da SNBA;
– O projecto deverá ser montado pelos alunos e desmontado pelo pessoal da SNBA;
– São aceitáveis projectos que não possam ser executados, devido ao seu elevado custo ou porque exijam condicionalismos que não possam ser disponibilizados pela SNBA.
Proposta de Intervenção
a) Alvo
A nossa proposta de intervenção centra-se na cópia da escultura da Vénus de Milo existente no lado direito do hall de entrada da S.N.B.A;
b) Descrição do “Objecto-alvo”
Trata-se de uma cópia da famosa escultura intitulada Vénus de Milo, em exposição no Museu do Louvre, Paris. Encontrada por um camponês, por volta de 1820, na antiga ilha de Melos.
A escultura, com as suas linhas suaves e delicadas, simboliza o ideal de beleza feminina, por muitos aspirado e dificilmente antigido.
A cópia existente na S.N.B.A., é feita em mármore(?), gesso (?) e mede sensivelmente 2,00 m de altura.
Encontra-se exposta no lado direito do hall de entrada (direcção de quem entra na S.N.B.A.), centrada em relação à parede da sua rectaguarda.
Durante o dia, recebe bastante luz proveniente de um janelão existente ao lado da porta da entrada da Sociedade, no entanto, a partir do meio da tarde, a sua iluminação, embora complementada com projectores orientados sobre si e instalados no tecto do hall de entrada, é bastante diminuta.
Pelas caracteristicas morfológicas que apresenta, a sua cor é pálida, apresentando uma variação cromática fraca em torno dos bejes.
c) descrição da intervenção
tendo como objectivo principal a orientação do “público” para um diálogo, introspecção, reflexão sobre a “obra artística” admirada, em contraposição à sua passagem indiferente sobre a mesma, a nossa proposta pretende colocar um “vivo ponto de exclamação” na escultura da Vénus de Milo. Para tal, cobriremos a escultura com materiais de elevada maleabilidade ( em contraposição à sua caracteristica morfológica), com cor ou incolores (ainda em estudo), procurando caracterizar a Venus de Milo, como o ideal “modernista” da beleza feminina. Esta sua caracterização, não pretende tornar a Vénus de Milo numa escultura vanguardista, mas sim, aplicar técnicas / materiais plásticos actuais sobre um objecto clássico, por forma a voltar a atenção sobre si enquanto objecto de arte intemporal.
Os materiais pensados, são o plástico super-fino aderente, ou papel celofane, complementado, com fio de rafia ou arame. Qualquer destes materiais é bastante leve e será colocado sobre a escultura, não produzindo qualquer dano sobre a mesma.
Uma das experiências é complementada com um painel em papel metalizado colorido, por forma a não só criar maior ênfase na caracterização da escultura, mas também para favorecer a iluminação da mesma através da luz artificial que lhe é dirigida.
As experiências realizadas, são anexadas em fotografia.
(Grupo III – Turma B – 2º ano)